CRIO participa do Immuno 2023 e recebe reconhecimento em pesquisa

Além de apresentar seus trabalhos, o centro recebeu prêmio com investigação que avalia as respostas imunológicas de pacientes oncológicos contra a infecção por SARS-CoV-2.

Entre os dias 02 e 06 de outubro, o Centro de Pesquisa em Imuno-oncologia (CRIO) participou do 47º Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), Immuno 2023, realizado no Centro de Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP – Minas Gerais, Brasil). O evento, um dos mais relevantes em imunologia no país, reuniu mais de mil participantes e trouxe renomados palestrantes nacionais e internacionais para abordar avanços na área.

Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Imuno-oncologia (CRIO
Na ordem: Guilherme Evangelista, Juliana Apostolico, Kenneth Gollob, Amanda Figueiredo e Katia Morais.

O encontro teve início com um pronunciamento da presidente do SBI, Ana Maria Caetano de Faria, que entregou o prêmio SBI Lifetime Achievement Award ao imunologista Nelson Vaz pelas suas contribuições em propor uma visão alternativa ao sistema imunológico como parte intrínseca dos processos vitais. O primeiro dia também contou com pré-cursos, como o de citometria de fluxo multiparamétrica, ministrado pelo diretor do CRIO, Kenneth Gollob, que também compartilhou resultados de pesquisas em andamento sobre tratamentos personalizados para o câncer em uma sessão oral. 

Durante a semana, a programação trouxe pesquisadores tanto do Brasil quanto do exterior para discutir os avanços mais recentes na área da imunologia. Alguns dos nomes em destaque incluíram Russell Vance (University of California), David Sacks (National Institutes of Health), Kathy McCoy (University of Calgary), Karina Bortolucci (UNIFESP), Michel Nussenzweig (Rockefeller University), Claudia Brodskyn (FIOCRUZ-BA), Gabriel Victora (Rockefeller University) e Ricardo Gazzinelli (CT-Vacinas-UFMG-FIOCRUZ).  

E Immuno 2023 não se limitou a debates específicos em sistema imunológico; também abriu espaço para artistas compartilharem suas produções e reflexões estéticas em ciência. Além do evento trazer uma exposição de obras dos próprios participantes, a artista portuguesa Marta de Menezes ministrou uma palestra sobre seus projetos em bioarte, que exploram a biotecnologia, tecidos, bactérias e organismos vivos para discutir questões relacionadas à ética, identidade, natureza, tecnologia e o papel da ciência na sociedade.

Membros do CRIO, como Guilherme Evangelista, Juliana Apostolico e Katia Morais, fizeram contribuições por meio de pôsteres e apresentações orais. Seus trabalhos se concentraram em diversos aspectos da imunoterapia, respectivamente: investigação de eventos adversos relacionados à imunidade, caracterização de perfis imunológicos em pacientes com câncer e a exploração de células e mediadores imunológicos como possíveis biomarcadores para pacientes com câncer cervical submetidos a terapia quimiorradiante, tipo de tratamento que combina radioterapia e quimioterapia. A pesquisa de Evangelista pode ser conferida com mais detalhes nesta reportagem. 

Pesquisadores recebem prêmio por melhor pesquisa de doutorado. Na extrema direita consta Flávio Oshiro doutorando do Centro de Pesquisa em Imuno-oncologia (CRIO)
Doutorandos premiados durante o evento. Flávio Oshiro à direita (foto: CT Vacinas)

O evento também concedeu prêmios em reconhecimento a contribuições notáveis na área da imunologia. O pesquisador do CRIO, Flávio Pignataro-Oshiro, teve seu trabalho selecionado entre os melhores na categoria de doutorado, com seu estudo que avalia as respostas imunológicas de pacientes oncológicos contra a infecção por SARS-CoV-2. “Pessoalmente, o que mais gosto em relação à premiação é o reconhecimento ao trabalho e dedicação de toda a equipe. Se não fosse pelo trabalho das enfermeiras de pesquisa, da equipe técnica e clínica, além do envolvimento dos próprios participantes de pesquisa e suas famílias, nada disso seria possível. São pessoas que vivenciaram os momentos mais incertos e desafiadores da pandemia na linha de frente, e se dispuseram a contribuir. O trabalho em si é um tijolinho em relação ao conhecimento acerca da COVID-19, mas contribui para um olhar particular em relação às pessoas que têm câncer e doenças infecciosas. No fim, o reconhecimento nos ajuda a enxergar que, com a dedicação de diversas pessoas, entregamos algo que nos incentiva a continuar contribuindo e melhorando”, comenta Oshiro sobre o prêmio recebido no Immuno 2023.

Para saber mais sobre a pesquisa de Oshiro, leia este artigo em nosso site e ouça o episódio do Imuno Agentes com sua participação. Tanto a programação completa quanto os destaques do congresso podem ser conferidos no site do SBI.

Categorias