Imuno Foco: série explora o sistema imunológico na luta contra o câncer

Com apoio de especialistas em Imunologia, CRIO lança série de reportagens focada em pesquisas que buscam compreender as capacidades e paradoxos do sistema imunológico na luta contra o câncer.

Lupa com células em seu centro e com os dizeres "Imuno Foco". Imagem é a capa da nova série do CRIO referente ao entendimento do sistema imune humano
Imagem: Maiara Araújo

J

á parou para pensar sobre quantas guerras você já foi responsável em travar, sem que soubesse? Mas, acalme-se. Antes de agendar uma regressão com seu terapeuta para desenterrar tais memórias, os conflitos aos quais nos referimos são de natureza microscópica.

Um simples arranhão no seu dedão já foi suficiente para desencadear uma verdadeira revolução em seu corpo, com centenas de agentes do sistema imunológico entrando em combate. Leucócitos lideram a linha de frente, lançando ataques ágeis contra patógenos invasores. Anticorpos assumem a artilharia, neutralizando ameaças específicas, enquanto células T emergem como tropas especializadas, eliminando células infectadas.

Esta é a proposta da nova série de reportagens e podcasts “Imuno Foco”: lançar um olhar sobre o microcosmo do sistema imunológico humano para compreender suas virtudes e fragilidades diante de ameaças potenciais, como o câncer. Para essa missão, contamos com a ajuda de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), associados ao Centro de Pesquisa em Imuno-oncologia (CRIO).

E não poderíamos iniciar essa jornada de outra forma senão pela linha de frente. As primeiras reportagens explorarão alguns dos principais agentes de defesa de nosso organismo: a família dos leucócitos, composta por neutrófilos, macrófagos, eosinófilos, basófilos, linfocitos B & T e monócitos. Essas células, produzidas na medula óssea e em parte do sistema linfático, movem-se pelo sangue e tecidos. São também conhecidas como glóbulos brancos – prova disso está no próprio nome derivado das raízes gregas: “leuk-“, que significa “branco”, e “cyte”, que denota “célula”.

Na missão de manter a ordem em nosso organismo, os leucócitos desempenham papéis diversos: combatem infecções, identificam e destroem agentes infecciosos, e removem células anormais, como as cancerígenas. Contudo, quando essas células atingem estágios avançados, aí a narrativa pode ser mais complexa.

Células tumorais têm capacidade de evoluir para escapar do sistema imunológico de diversas maneiras. Podem reduzir a expressão de determinadas moléculas em sua superfície, dificultando o reconhecimento e o ataque das células imunológicas. Também têm a capacidade de criar um ambiente imunossupressor que inibe a atividade das células de defesa. Daí a necessidade do apoio de tratamentos quando o sistema imunológico não consegue, por si só, reconhecer e destruir essas células, como a quimioterapia e a imunoterapia.

Além disso, apesar de as moléculas de defesa do organismo serem cruciais para garantir o equilíbrio de nossas funcionalidades vitais (homeostase), elas também podem apresentar características e contradições que influenciam na resposta aos tratamentos oncológicos. Isso pode até mesmo ser determinante na predição da eficácia de tais terapias.

E mesmo após séculos de estudo, pesquisadores até hoje se debruçam sobre análises e experimentos para compreender os mistérios da imunologia humana. E é aí que entramos: com a ajuda de quem entende do assunto, traremos curiosidades e indagações para explorarmos, juntos, as profundezas deste vasto micro-universo.

Fiquem ligados e ligadas para não perderem nossas próximas postagens no site! 😉

_____

Que saber mais?

🎧 Anúncio da Série “Imuno Foco” Imuno Agentes Podcast

🌐 Tem dúvidas ou sugestões de pautas? Nos escreva: https://crio.einstein.br/contato/ 

 

Categorias