A reunião promovida pelo Laboratório de Imuno-oncologia Translacional contou com apresentações de seus trabalhos e contribuições de pesquisadores da UFMG, UNIFESP, USP e Einstein.
No dia 28 de julho ocorreu no Centro de Pesquisa e Ensino Albert Einstein (Campus Cecilia e Abram Szajman) a I Reunião Científica do Laboratório de Imuno-oncologia Translacional do Einstein, ocasião em que os membros do grupo puderam apresentar e debater sobre seus projetos em imuno-oncologia.
O laboratório, liderado por Dr. Kenneth Gollob, conta com aproximadamente 30 integrantes e tem como foco a pesquisa translacional em câncer e em doenças infecciosas, processo em que descobertas imunológicas são usadas para desenvolver soluções práticas para problemas humanos, como vacinas e medicamentos. Parte dos projetos apresentados também estão inseridos no contexto do Centro de Pesquisa em Imuno-oncologia (CRIO).
O evento foi dividido em três sessões principais. Pela manhã, o foco foi nas pesquisas relacionadas a inibidores de checkpoints, anticorpos que bloqueiam algumas proteínas que impediriam o sistema imunológico de combater células cancerígenas. Foram abordados temas como eficácia em pacientes com câncer de pulmão, ação das células de defesa em câncer de pulmão e melanoma, efeitos colaterais da imunoterapia e um estudo de caso de tratamento de carcinoma de timo, órgão linfático localizado na região do tórax, importante ao sistema imunológico
No início da tarde, as exposições abordaram várias coortes de pacientes com câncer, tipo de estudo com grandes amostras acompanhadas por longos períodos. Foram discutidas a resposta imunológica ao câncer de boca, influência das células de defesa na disseminação tumoral aos gânglios linfáticos (glândulas que ajudam o corpo a combater infecções e câncer), biomarcadores imunes em pacientes com câncer bucal, pesquisas em câncer de cabeça e pescoço, busca por alvos terapêuticos em câncer ginecológico via dados genéticos, associação do sistema imunológico em pacientes com câncer de pulmão ao prognóstico da doença e criação de plataforma para testar terapias imunológicas com células de pacientes.
Por fim, a última sessão explorou respostas de pacientes com câncer ao vírus da covid-19, resistência em câncer de mama triplo-negativo ligada ao perfil imunológico, comparação do sistema imunológico em câncer de pulmão metastático e não metastático, além dos efeitos duradouros do condicionamento isquêmico no corpo (técnica para tornar tecidos mais resistentes à falta de sangue e oxigênio).
As apresentações foram seguidas por rodadas de perguntas e debates, com contribuições dos convidados Dr. Fernando Moura (Centro de Medicina de Precisão Einstein), Profa. Dra. Walderez Dutra (Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais), Profa. Dra. Karina Botoluci (Departamento de Farmacologia da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo), e os professores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, Dr. Sérgio Costa Oliveira e Dr. Gustavo Amarante-Mendes.
Os trabalhos apresentados incluíram tanto pesquisas já em andamento quanto propostas de projetos, e foram importantes para compartilhar o panorama atual das atividades do laboratório e suas próximas etapas. Além disso, o encontro, o primeiro de uma série anual, ressaltou a importância da colaboração entre especialistas de diferentes áreas e instituições para impulsionar o campo da imuno-oncologia.
A troca de ideias e a apresentação de resultados indicam um futuro promissor para a pesquisa nesse campo, com potencial para trazer cada vez mais benefícios tangíveis para práticas clínicas e a pacientes.
A programação completa pode ser conferida a seguir.
